Pol Manrubia despediu-se emocionado do OC de Barcelos, onde chegou em outubro depois de rescindir com o Benfica, com o qual tinha renovado dois meses antes.

Em Barcelos, o defesa/médio espanhol, de 24 anos, venceu a Liga dos Campeões, chegou à final do play-off e ofereceu bastante resistência à revalidação do título de campeão nacional que o FC Porto acabaria por conquistar. E é precisamente ao Dragão que o atleta rumará, ao que tudo indica.

Uma viagem curta, com o Barcelos no coração.

«Faz 4 anos que saí de casa atrás de um sonho, longe da família e dos amigos. Portugal tornou-se uma segunda casa para mim, não só pela riqueza cultural do país, mas também pelo seu povo. O hóquei em patins é a minha vida, e quem me conhece sabe que este caminho que abracei sem medo há algum tempo foi tudo menos fácil. Em algum momento perdi a felicidade em fazer aquilo que mais gostava, esqueci-me de desfrutar da minha paixão», escreveu num longo texto, referindo-se por certo à saída inesperada do Benfica, depois da chegada do novo treinador Edu Castro, em outubro, dois meses depois de ter renovado.

Terminava assim uma ligação de três anos ao Benfica - com um empréstimo ao HC Liceo -, onde realizou 85 jogos e marcou 18 golos, conquistando uma Supertaça, um campeonato e uma Elite Cup.

Meses mais tarde, o OC Barcelos afastaria os encarnados da luta pelo título.

Fizeram-me lembrar porque é que o meu pai sempre quis que eu praticasse um desporto de equipa. Senti que estava a partilhar balneário e paixão com amigos. Como se estivesse a jogar em casa, na vila, com os amigos de sempre

«Lembro-me que no primeiro dia em que cheguei a Barcelos, o meu Milinho e o presidente Hugo disseram-me que aqui seria mais feliz do que podia imaginar. E não estavam enganados. Tive a grande sorte de fazer parte de uma equipa que foi mais do que isso. Tornámo-nos uma família.Luís, Poka, Miguel Rocha, Danilo, Conti, Belchior, Pedro, Santi, Vieirinha. Fizeram-me lembrar porque é que o meu pai sempre quis que eu praticasse um desporto de equipa. Senti que estava a partilhar balneário e paixão com amigos. Como se estivesse a jogar em casa, na vila, com os amigos de sempre», continuou Manrubia.

«Mostramos a todo o mundo que um grupo de pessoas unidas, pode tornar o impossível em possível. Seremos eternos para sempre na história (...) Barcelos, fizeste-me mais feliz do que alguma vez imaginei, e tanto na minha pele como no meu coração, haverá sempre um pedacinho reservado para o Óquei».