
O treinador do Tirsense, Emanuel Simões, sublinhou que a equipa vai à Luz para «desfrutar do jogo» e tentar «dar uma imagem diferente» em comparação com a primeira mão, onde acabou goleada pelo Benfica (5-0).
«Vamos ter um Tirsense a tentar ser Tirsense. Tentámos jogar o jogo pelo jogo na primeira mão, mas uma equipa joga em função da outra e do que a outra a deixa jogar. Durante um grande período, o Benfica não nos deixou jogar. E depois, a questão física fez toda a diferença. Vamos ter um Tirsense a tentar dar uma imagem diferente. Sabemos que a eliminatória está praticamente decidida. Vamos tentar mostrar uma equipa capaz de ser melhor ofensivamente e em termos de organização e dignificar a instituição que defendemos. Temos de desfrutar do jogo», começou por dizer, em conferência de imprensa.
O objetivo dos Jesuítas na Luz será fazer um golo, referiu o técnico. «Vamos à Luz, ao maior estádio nacional, dar uma boa imagem e pôr o Benfica a sofrer em alguns momentos se assim tiver de ser. É o grande objetivo que temos. Queremos fazer golos, era uma marca interessante e deixar o resultado em aberto. Não há muito a decidir em termos de eliminatória, mas há em termos de jogo. Vamos pensar mais no jogo do que na eliminatória. Foi o que disse aos jogadores», apontou.
À semelhança do que aconteceu na primeira mão, disputada em Barcelos, Emanuel Simões prevê que Lage voltará a fazer descansar alguns dos habituais titulares. «O Benfica vai apresentar-se na mesma linha da primeira mão. Acredito que possam jogar os dois centrais da equipa B, mas não vão mudar muito mais [em comparação com o primeiro jogo]. O Benfica quer manter a onda de vitória, quer jogar bem, ainda por cima em casa. O último jogo em casa não foi o melhor e acredito que vão querer dar uma imagem diferente. Vão fazer rotatividade, mas a rotatividade do Benfica é com jogadores de elevadíssimo nível. Não acho que vá ser muito diferente da primeira mão», antecipou.
Emanuel Simões recordou a primeira mão, lamentou o facto de o Benfica «ter feito o terceiro, quarto e quinto golos» após ter refrescado a equipa e vincou a ideia de tentar mostrar uma outra face do Tirsense. «Não conseguimos reagir. Após ter feito duas trocas, o Benfica fez o terceiro golo e acabou com o jogo. Nessa altura estávamos a dar um ar da nossa graça. Vamos desfrutar deste segundo jogo sem pensar no resultado. No entanto, não vamos para fazer a festa ou um frete, vamos para mostrar que temos qualidade, capacidade e que a primeira mão poderia ter sido um bocadinho diferente do que foi», destacou.
O treinador lembrou que estão reunidos «todos os condimentos para fazer um jogo que deixe uma imagem do valor» da equipa jesuíta e abordou a forte presença de adeptos do Tirsense em Lisboa, esta quarta-feira. «Tem de ser o normal ter muita gente atrás do Tirsense. O Tirsense é um vulcão adormecido que, quando entrar em erupção, vai levar o clube para patamares onde deve estar. Este é um clube histórico, que faz falta ao futebol português e que precisa desta alavancagem. Espero que este meia-final seja a alavancagem para levar o Tirsense para esses patamares. No campeonato em que está, o Tirsense devia jogar em casa todas as semanas. Deveria ser o normal. Espero que num futuro próximo isso seja o normal», concluiu.
O Benfica recebe, esta quarta-feira, o Tirsense, na Luz, a partir das 20h15. Os encarnados venceram os jesuítas por 5-0 na primeira mão, que se realizou em Barcelos.