
Uma semana depois, mudou a competição mas manteve-se a tendência: o Leões de Porto Salvo ainda assustou, mas o Benfica foi feroz na reação e na reviravolta e até já vencia ao intervalo, acabando por consumar a sua superioridade na segunda parte, fixar o resultado final de 6-3 e marcar lugar na final da Taça de Portugal, frente ao eterno rival Sporting.
O início foi emotivo - o Leões de Porto Salvo apresentou-se sem receio e, tal como havia sucedido na partida disputada pelo campeonato, na passada sexta-feira, liderou o marcador e até dispôs de uma vantagem de 2-0, conseguida nos primeiros nove minutos de jogo.
O Benfica começou mais afirmativo e rematador até que Anderson Fortes se evidenciou pelos Leões aos 6 minutos, primeiro com uma ocasião de perigo e, segundos depois, a abrir o marcador numa recuperação de bola ainda no seu meio-campo, seguida de iniciativa individual e um remate potente e indefensável.
O conjunto de Porto Salvo surpreendia e, pouco depois, aos 8', voltava a marcar, desta feita por Ré que, astuto, capitalizou uma má entrega do guarda-redes benfiquista, Léo Gugiel. Segundos passados, Rúben Teixeira atirou ao poste e quase chegou ao 0-3.
Soaram, por isso, os alarmes para o Benfica e bem a tempo de encetar a recuperação, que se iniciou instantes após esse quase iminente terceiro golo sofrido numa combinação entre Diego Nunes e Higor de Souza: Diego picou a bola para boa execução de Higor.
O Benfica mostrava-se de orgulho ferido e não perdeu tempo até igualar, num lance em que André Coelho lançou Carlos Monteiro e este, já em esforço, foi recompensado, colocando a bola entre as pernas do guarda-redes André Sousa.
O ritmo do jogo seguia vertiginoso e, um minuto depois, contrariedade para os Leões, que perderam o seu capitão, Ré, após uma análise de vídeo pedida pelos próprios Leões numa partida que seguia viva, com oportunidades de parte a parte, inclusivamente com um remate ao ferro para cada lado, até que a pouco mais de um minuto do intervalo o Benfica operou a reviravolta, num desvio oportuno de Diego Nunes.
A segunda parte voltou a começar promissora para o emblema de Porto Salvo, que voltou a ter uma bola no poste por Mamadu Turé, aos 24' e, na resposta, o Benfica voltou a marcar, por Higor, num remate em rotação.
O resultado parecia pender para os encarnados, mas as oportunidades de golo sucediam-se e, tal como na primeira parte, os dois conjuntos voltaram a ter uma bola nos ferros... e dentro do mesmo minuto (26´), por Lúcio Rocha (Benfica) e Anderson Fortes (Leões de Porto Salvo).
O jogo seguia imprevisível até que, aos 30', Chishkala foi isolado por André Coelho, desviou a bola do guardião contrário e assinou o 5-2, que transmitia maior tranquilidade ao emblema da Luz, que ainda mais descansado ficou quando aos 38' Afonso Jesus sentenciou a partida com o sexto golo. Segundos depois, Mamadu Turé reduziu distâncias para o Leões, fixando o 6-3 final.