Kevin De Bruyne foi recebido com grande entusiasmo pelos adeptos em Nápoles. Após dez anos no Manchester City, o craque belga mudou-se para o campeão italiano e, em sentido contrário, Tijjani Reijnders chegou às ilhas britânicas, assumindou-se como sucessor do ídolo. Mas o que pouca gente sabe é que o médio é protagonista de uma história notável de persistência e superação.

Há poucos anos, o internacional neerlandês trabalhava como caixa de supermercado, em Zwolle, cumprindo a vontade dos pais que queriam incutir-lhe o valor do trabalho e do dinheiro. «Não deves tomar os bens materiais como garantidos» era a máxima da família Reijnders, que o jovem levou a sério enquanto conciliava o emprego com os treinos na equipa sub-19 do PEC Zwolle.

Mas o talento falava mais alto. Reijnders rapidamente deixou o balcão de supermercado para se lançar no mundo do futebol profissional. Passou pelo RKC Waalwijk e pelo AZ Alkmaar, onde se começou a destacar, até chegar ao Milan, em 2023.

Em San Siro, floresceu: marcou 15 golos e somou cinco assistências na última temporada, afirmando-se como um dos médios mais promissores da Europa. Esse crescimento chamou a atenção do Manchester City, que, com a saída de Kevin De Bruyne, procurava um substituto à altura. Os citizens não hesitaram e avançaram com uma proposta de 55 milhões de euros - valor que poderá ascender a 70 milhões com bónus - para garantir o neerlandês de 26 anos.

Na apresentação oficial como reforço emblema inglês, Reijnders não escondeu a admiração por De Bruyne, jogador que há anos idolatra e que agora substitui no meio-campo da equipa de Pep Guardiola. «É uma responsabilidade enorme, mas também uma oportunidade incrível», disse, já ciente da herança que carrega.

De Zwolle para Manchester, com paragens em Milão e nos sonhos de criança, Reijnders é hoje mais do que uma promessa. É o novo maestro de um dos maiores palcos do futebol mundial.