Outras 145 pessoas ficaram feridas, de acordo com a contagem do Ministério da Saúde, que vai da meia-noite de sexta-feira à meia-noite de sábado, elevando o total para 116.869 após mais de um ano e meio de bombardeamentos incessantes e operações terrestres em Gaza.

O Ministério da Saúde apontou, ainda, que 1.827 dos palestinianos mortos e 4.828 feridos foram vítimas de ataques israelitas depois do exército ter quebrado o cessar-fogo a 18 de março, dia em que uma onda de bombardeamentos noturnos tirou a vida de mais de 400 pessoas em poucas horas.

"Ainda há muitas vítimas sob os escombros e nas ruas, e as ambulâncias e as equipes de defesa civil não conseguem chegar até elas", lê-se no comunicado.

O diretor da unidade do ministério responsável pelo número de mortos, Zaher al-Waheidi, disse à EFE na semana passada que a agência estima que cerca de 3.100 corpos permanecem nos escombros ou em locais inacessíveis.

Além disso, o Ministério da Saúde ainda está a avaliar cerca de 4.100 relatos de desaparecimentos de famílias, o que pode traduzir-se em mais corpos desaparecidos ou em mortes não relacionadas com a guerra, prisões pelo exército israelita ou outros desaparecidos não relacionados com o conflito.

No domingo, a agência de notícias oficial palestiniana Wafa relatou a morte de pelo menos sete pessoas em ataques de manhã.

Dois deles eram agricultores que foram alvos de um drone na área de Abasan, a leste da cidade de Khan Yunis, no sul. Além disso, equipas de resgate recuperaram o corpo de um homem identificado como Ayesh Qatih dos escombros de uma casa em Khuzaa, também a leste de Khan Yunis.

Em Mawasi, ao longo da costa, um ataque de artilharia matou outro homem identificado pela imprensa como Wasim Attia Abu Musa.

Outro drone matou mais duas pessoas no bairro de Zeitun, no norte da cidade de Gaza, num ataque a uma reunião de rua, enquanto um ataque no bairro de Shujaiya matou mais duas pessoas.

O Papa Francisco denunciou hoje a "dramática e desprezível situação humanitária" em Gaza, e apelou ao cessar-fogo e à libertação dos reféns, nas celebrações do domingo de Páscoa.

Na sua mensagem, lida por um assessor após o Papa aparecer na varanda da Basílica de São Pedro, em Roma, Francisco alertou também para "o clima de crescente antissemitismo que se está a espalhar pelo mundo".

"Apelo aos beligerantes para que cessem o fogo, libertem os reféns e prestem uma ajuda preciosa às pessoas famintas que anseiam por um futuro de paz", afirmou Francisco, na mensagem.

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