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Júlio Nhamússua, porta-voz da polícia moçambicana (PRM) na província de Gaza, referiu que os dois "focos" aconteceram na localidade de Incaia, nas zonas de Dziveni e Chimondzo, onde populares, "munidos de apitos e instrumentos contundentes", aglomeraram-se ao longo da Estrada Nacional 1 (EN1) e bloquearam "completamente" a via, com recurso a ramos de árvores e camiões.
"O bloqueio visava contestar a falta de corrente elétrica nas suas comunidades", explicou.
Segundo a mesma fonte, a polícia dialogou com os protestantes, o que permitiu o desbloqueio da via e restabelecimento do fluxo normal do trânsito.
Em 07 de fevereiro, as autoridades moçambicanas registaram pelo menos cinco "focos de manifestações" em 24 horas no distrito de Chonguene, também em Gaza, com bloqueio da EN1.
Moçambique vive desde outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas, primeiro, pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro.
Atualmente, os protestos, agora em pequena escala, têm estado a ocorrer em diferentes pontos do país e, além da contestação aos resultados, os populares queixam-se do aumento do custo de vida e outros problemas sociais.
Desde outubro, pelo menos 327 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e cerca de 750 foram baleadas durante os protestos, de acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais.
LYCE // JMC
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