O Presidente israelita, Isaac Herzog, acredita que a decisão da França de reconhecer o Estado palestiniano "não promoverá a paz nem ajudará a derrotar o terrorismo" no Médio Oriente.

"A declaração do Presidente francês não promoverá a paz no Médio Oriente. Não ajudará a derrotar a ameaça do terrorismo. E, mais importante, não ajudará certamente a trazê-los (aos reféns israelitas) para casa mais cedo", disse Herzog, num comunicado ao qual anexou uma fotografia dos cidadãos ainda detidos pelo Hamas.

Herzog junta-se, assim, às críticas lançadas nas últimas horas pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e alguns dos seus principais ministros contra o anúncio feito pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na quinta-feira.

"Um Estado palestiniano nestas condições seria uma plataforma de lançamento para a aniquilação de Israel, não para viver em paz ao lado dele", denunciou Netanyahu numa mensagem da rede social X, acrescentando: "Esta decisão recompensa o terror e corre o risco de criar mais um satélite iraniano, tal como Gaza se tornou".

O líder da oposição israelita, Yair Lapid, também expressou a sua indignação nas redes sociais: "Os palestinianos não devem ser recompensados pelos ataques de 07 de outubro, nem pelo seu apoio ao Hamas. Um governo em funcionamento, mesmo com trabalho diplomático básico, poderia ter evitado este anúncio prejudicial".

Macron anunciou na quinta-feira que a França vai reconhecer o Estado palestiniano, numa carta ao presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas, para contribuir para a paz no Médio Oriente.

O presidente francês anunciou que irá formalizar este reconhecimento na Assembleia Geral da ONU, em setembro.

No total, 148 Estados já reconhecem a Palestina --- três quartos dos membros da ONU. Os Estados Unidos e Israel opõem-se a este plano.