
A ministra da Administração Interna defendeu, esta terça-feira, que não se deve "confundir, jamais, a árvore com a floresta", a propósito do caso do polícia da PSP ligado a um grupo neonazi e detido na semana passada.
À margem do seminário "Migrações e Retorno: Novos rumos para a Europa", realizado pela PSP na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, Maria Lúcia Amaral considerou que os crimes pelos quais está indiciado este chefe da PSPsão "inaceitáveis num país como Portugal".
"Não confundir, jamais, a árvore com a floresta. A melhor forma de garantir que isto não acontece num país como o nosso é honrar as nossas instituições, é honrar os homens e mulheres que nela trabalham diariamente", acrescentou.
Maria Lúcia Amaral esteve esta manhã na abertura do seminário que marca o início das comemorações dos 158 anos da PSP, sendo esta a sua primeira intervenção pública enquanto responsável pela pasta da Administração Interna.
A Polícia Judiciária deteve na semana passada seis suspeitos de pertencerem ao Movimento Armilar Lusitano, tendo quatro ficado em prisão preventiva, depois de presentes a juiz de instrução para aplicação das medidas de coação.
Entre os detidos está um polícia da PSP que é indicado pelo Ministério Público como um dos três fundadores do movimento neonazi, criado em 2018.
Quatro dos arguidos, incluindo o agente da PSP, estão indiciados pelos crimes de infrações relacionadas com grupo terrorista, cuja pena de prisão vai dos 8 aos 15 anos, e por infração terrorista. Todos os seis arguidos estão indiciados por detenção de arma proibida.
- Com Lusa