
O Procurador-Geral da República (PGR), Amadeu Guerra, quer que a averiguação preventiva à Spinumviva, a empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro, esteja terminada antes do início das férias judiciais, a 16 de julho.
Interrogado pelos jornalistas esta sexta-feira, 4 de julho, à margem de uma visita ao tribunal de Almada, sobre se gostaria que a conclusão ocorresse antes dessa data, respondeu afirmativamente ("continuo a gostar que seja assim").
Amadeu Guerra, porém, não sabe em que estado está o processo. "Não faço ideia, não me meto nos processos concretamente. Só peço que se houver falta de meios, que me sinalizem a falta de meios", apelou. Revelou apenas saber que "estão a trabalhar nos documentos. A documentação é muita, é a informação que eu tenho."
O PGR anunciou que irá reunir-se com o diretor da Polícia Judiciária "para estudar questões relacionadas com a celeridade dos processos", numa altura em que volta a questionar a responsabilidade do Ministério Público no longo tempo entre o início da investigação da Operação Marquês e o arranque do julgamento.
O objetivo é garantir maior cooperação entre as duas entidades para "diminuir o tempo das investigações, das perícias" ou para impedir "a constituição de equipas da PJ que são desmembradas a meio do caminho"
Estamos "determinados para mudar a situação atual, só que os problemas não se mudam de um dia para o outro", ressalvou.