Quem faz a guerra, faz a paz e isso foi muito visível no Irão com os Estados Unidos a entrarem na guerra ao lado de Israel e a impor, depois, a paz aos dois lados, enquanto viajava de Washington para Haia. Antes deste desfecho, os iranianos já tinham feito mais um simulacro de retaliação, desta vez contra uma base militar norte-americana no Catar.

Chegamos aqui porque, pela enésima vez, Telavive entendeu que Teerão estava a um passo de ser uma potência nuclear e resolveu atacar o regime dos ayatolas, enquanto eles faziam uso das duas semanas oferecidas por Donald Trump para reflectir.

O presidente norte-americano foi recebido como herói numa cimeira da NATO feita à medida para lhe agradar, mas como tudo foi feito para americano ver, ninguém está à espera que se cumpra a despesa militar de 5% do PIB. Não vai cumprir, antes demais, Washington e, para não arranjar problemas com os parceiros de extrema-esquerda, o governo de Madrid. O Executivo liderado pelo socialista Pedro Sánchez, que chegou ao poder há sete anos com a queda do PP envolto em corrupção, atravessa hoje uma crise com problemas sérios na justiça.

Por cá, mais do que tema central, às vezes parece tema único, a imigração mereceu o primeiro conselho de ministros extraordinário do novo governo. A AD, que encheu o país com cartazes a gabar-se de, em 11 meses, ter resolvido os problemas da imigração, continua a resolver os problemas da imigração. Será mesmo assim?

É isso que vamos saber neste episódio do Bloco Central, ouvindo Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A moderação da conversa é de Paulo Baldaia. A sonoplastia é de João Luís Amorim.

Expresso

Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os acontecimentos e os protagonistas da semana, com moderação de Paulo Baldaia. Quinze anos depois da estreia na TSF, os episódios passam a sair à quinta-feira, dia de Conselho de Ministros, no Expresso. A fechar, e como sempre, o bloco central de interesses, com sugestões para as coisas importantes da vida.