O Papa Leão XIV lamentou hoje, no final da oração semanal do Angelus, no Vaticano, as "notícias alarmantes vindas do Médio Oriente" e realçou que "a humanidade clama por paz", pedindo diplomacia para "silenciar as armas".

Na sequência dos últimos acontecimentos na região, com os Estados Unidos a entrarem na ofensiva militar conduzida por Israel contra o Irão, o Papa vincou: "Cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de acabar com a tragédia da guerra antes que ela se torne um abismo irreparável."

A reivindicação pela paz "é um grito que exige responsabilidade e razão e que não deve ser abafado pelo choque de armas e discursos que incitam o conflito", afirmou Leão XIV, diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

"Nenhuma vitória armada pode compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado. Que a diplomacia silencie as armas. Que as nações construam seu futuro com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos", acrescentou.

O conflito entre Israel e Irão começou na madrugada de 13 de junho, com Telavive a lançar uma vasta ofensiva militar contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.

O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.

Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e assassinaram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.

Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.