Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, a moção foi submetida hoje à Assembleia Nacional pelo Partido Democrata e cinco outras forças políticas mais pequenas da oposição.
A moção de destituição foi assinada por 190 deputados da oposição e um independente, sem o apoio de representantes do partido no poder.
Para ser aprovada, de acordo com a Yonhap, a moção requer uma maioria de dois terços e, dos 300 deputados da Assembleia Nacional, a oposição necessita de oito votos adicionais de representantes do partido no poder.
No entanto, o Partido do Poder Popular (PPP), do chefe de Estado visado, indicou hoje em comunicado que os deputados "votarão contra a destituição do Presidente Yoon".
Num discurso transmitido na televisão, o deputado de oposição Kim Seung-won descreveu a decisão do Presidente da República de aplicar a lei marcial na Coreia do Sul como "um crime imperdoável".
A administração de Yoon, prosseguiu o parlamentar, "tentou assumir o controlo da Assembleia Nacional ao enviar 250 membros das tropas de elite" para o edifício do parlamento.
Os partidos da oposição planeiam discutir a moção numa sessão plenária parlamentar na quinta-feira e colocá-la à votação na sexta-feira ou no sábado.
Numa decisão que surpreendeu o país, Yoon decretou na terça-feira a lei marcial para "eliminar os elementos hostis ao Estado" e "proteger a Coreia do Sul liberal das ameaças colocadas pelas forças comunistas norte-coreanas".
O parlamento aprovou em seguida uma resolução a anular a decisão presidencial e Yoon, que foi criticado pelo seu próprio partido, levantou a lei marcial seis horas depois de a ter decretado.
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