O que são os bombardeiros B-2 utilizados pelos EUA no ataque ao Irão?

A entrada dos Estados Unidos na guerra trouxe para o conflito uma das aeronaves mais letais e sofisticadas do mundo

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• Siga aqui ao minuto o ataque dos EUA às centrais nucleares no Irão

Os bombardeiros furtivos B-2 Spirit, utilizados pelos Estados Unidos no ataque às instalações nucleares iranianas este sábado, são uma das aeronaves mais avançadas do arsenal norte-americano e, até hoje, único do mundo.

Projectado para escapar aos radares inimigos, o B-2 pode atravessar grandes distâncias sem ser detetado, transportar armamento nuclear ou convencional, e atingir alvos altamente protegidos com precisão cirúrgica. Foram eles que transportaram as chamadas bombas antibúnker GBU-57, de 13.600 quilos, desenhadas para penetrar estruturas enterradas a grande profundidade, como é o caso das instalações de Fordow, escavadas numa encosta montanhosa.

Os B-2 partiram da Base Aérea de Whiteman, no estado do Missouri, e realizaram a missão em modo furtivo, regressando posteriormente a território seguro, como o próprio Trump confirmou. Fontes ouvidas pelo New York Times indicam que os bombardeiros lançaram “cargas completas” sobre os alvos definidos, destruindo parcialmente as instalações visadas.

A escolha do B-2 para esta operação evidencia a natureza delicada e tecnicamente exigente dos bombardeamentos. Nenhum outro país além dos EUA possui capacidade comparável para efetuar este tipo de ataque com este grau de eficácia e discrição.

Desde a sua introdução nos anos 1990, o B-2 tem sido reservado para operações de elevado risco estratégico. O seu envolvimento nesta missão representa, para muitos analistas, uma escalada com potencial para redefinir os equilíbrios militares na região.

De acordo com o New York Times, entre as 22h09 e as 22h30 (hora dos EUA) da noite de sexta-feira, oito aviões KC-135 Stratotanker — utilizados para reabastecimento em voo e transporte de equipamento pesado — foram detetados em sites de rastreamento aéreo a descolar da Base Aérea de Altus, no estado do Oklahoma, conhecida por albergar os bombardeiros furtivos B-2.

Todos seguiam uma rota idêntica, alinhada para possibilitar o reabastecimento de aeronaves que estariam a descolar da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, a cerca de 675 quilómetros a nordeste.