
Numa mensagem na rede social Facebook, a família explicou que o músico morreu na sequência de uma doença prolongada.
Fonte de inspiração para gerações de músicos dos universos do jazz, R&B e hip hop, Roy Ayers foi "um dos principais profetas do jazz-funk e do acid jazz, um homem que esteve décadas à frente do seu tempo e que conseguiu esbater as fronteiras entre géneros e estilos da música negra da América", refere a biografia do músico no portal AllMusic.
Nascido numa família com fortes ligações à música, Roy Ayers experimentou piano, trompete, guitarra e bateria até ter escolhido o vibrafone, influenciado pelo vibrafonista Bobby Hutcherson.
Em 1963 lançou o primeiro álbum, "West Coast Vibes", e formou a banda Roy Ayers Ubiquity, abrindo caminho para uma prolífica carreira, com álbuns como "Mystic Voyage", "Everybody Loves The Sunshine", "Vibrations" e "Lifeline", todos da década de 1970 e considerados marcantes na conjugação de R&B, jazz e disco.
"Everybody Loves the Sunshine", lançada naquela década, é, aliás, uma das mais conhecidas músicas de Roy Ayers e considerada uma das mais utilizadas, nas décadas seguintes, no jazz e eletrónica.
Também apelidado de "padrinho da neo soul", Roy Ayers atuou várias vezes em Portugal, nomeadamente em 2004 na primeira edição do Cool Jazz Fest, em Oeiras, em 2005 na Casa da Música, no Porto, com os Funkateers, e em 2011 nesta mesma sala com o grupo Roy Ayers Ubiquity.
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Lusa/fim