
O candidato a Presidente da República Luís Marques Mendes considerou hoje a situação em Gaza preocupante e arrepiante do ponto de vista humanitário e condenou o silêncio do Ocidente.
"Estou a ver a situação vivida em Gaza com enorme preocupação. Em primeiro lugar é arrepiante do ponto de vista humanitário. Só nos últimos três morrem 100 pessoas, sendo que 21 são crianças por fome. Isto é arrepiante", disse o candidato a Presidente da República.
Luís Marques Mendes acrescentou que "o silêncio do Ocidente, sobretudo da Europa, é absolutamente inaceitável".
"Acho que aqui a Europa tem um comportamento de enorme hipocrisia. A Europa, e bem, sempre criticou a Rússia pelos ataques a civis na Ucrânia, e agora, não tem uma palavra forte a Israel que está também a atacar civis em Gaza. Não pode haver dois pesos e duas medidas".
Luis Marques Mendes é da opinião que "a Europa deveria de agir, e sobretudo em obediência a um princípio: Israel é um país amigo de Portugal e amigo da Europa, mas os amigos existem, para terem a coragem de dizer a verdades".
"Portanto, Portugal deveria dizer a um país amigo e também a Europa, o seguinte: há barreiras que estão a ser ultrapassadas e os direitos humanos têm de ser repostos na Faixa de Gaza", vincou.
O candidato a Presidente da República falava hoje aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro de Investigação de Montanha, do Instituto Politécnico de Bragança.
Mais de 120 personalidades, sobretudo ligadas à Cultura, são os primeiros subscritores de uma petição que pede a Portugal "um papel ativo na defesa dos Direitos Humanos e no fim do genocídio em Gaza".
A petição, disponível 'online', conta entre os primeiros subscritores com figuras da música, do teatro, do cinema, das artes plásticas e da literatura, mas também da política, entre outras áreas.
Os subscritores querem que "Portugal tenha um papel ativo e relevante na promoção da paz e na defesa dos Direitos Humanos".
Para isso, pretendem que sejam discutidos na Assembleia da República três pontos fundamentais: "A necessidade de apelar a um cessar-fogo imediato; O apelo a que Israel permita a entrada imediata de ajuda médica e humanitária para a população de Gaza, através das Nações Unidas; o reconhecimento pelo Governo e pela Assembleia da República de que está em curso um genocídio em Gaza".