A Região Autónoma da Madeira vai contar com Equipas de Apoio Domiciliário de Saúde Mental, uma medida inovadora que foi anunciada, esta manhã, pela secretária regional de Saúde e Protecção Civil, Micaela Freitas.

"Continuaremos a apostar na contratação de profissionais na área da psicologia, psiquiatria, serviço social e nas equipas comunitárias de saúde mental e na rede de cuidados continuados na saúde mental com respostas diferenciadoras, onde não posso deixar de destacar uma novidade, que será uma realidade ainda este ano na Região: as Equipas de Apoio Domiciliário de Saúde Mental", adiantou durante a Cerimónia de Assinatura do Protocolo de Cooperação entre a Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil e os Governos Regionais dos Açores, Canárias e Cabo Verde, no domínio da Saúde Mental e dos Comportamentos Aditivos e Dependências.

Your browser does not support the audio element.
Equipas de saúde mental vão à casa das pessoas

"Esta é uma temática que é transversal a várias regiões, a várias áreas e que só pode ser resolvida se estivermos todos realmente envolvidos", sublinhou a governante, que explicou que este "importante protocolo" de cooperação vai incentivar e estimular a trabalhar em rede, permitir e garantir a troca e o reforço de conhecimentos, bem como a partilha de boas práticas no interesse comum. "Precisamos de políticas coordenadas entre as várias entidades com competências nestas sensíveis e delicadas matérias, através da implementação de estratégias integradas, assentes na prevenção, na dissuasão, tratamento e redução de impactos sociais", frisou.

Também durante o seu discurso, Micaela Freitas avançou com dados positivos sobre o consumo das substância psicoactivas. "Temos sido das regiões do país com menor prevalência de consumo de substâncias psicoactivas licítias e ilitcitas (...) sendo que o contexto preventivo escolar, familiar, comunitário, desportivo, laboratorial e na comunicação social tem contribuído para essa realidade e só no ano passado abrangeram cerca de 22 mil pessoas", referiu.

Your browser does not support the audio element.
Dados positivos sobre o consumo de substâncias psicoactivas

Para isso, Micaela Freitas também salientou a importância da criação do laboratório de polícia científica da Polícia Judiciária, no qual considera ser um "recurso muito valioso", que veio trazer uma resposta mais céleres às necessidades de identificação laboratorial de substâncias apreendidas. "Exemplo dessa aposta foi a identificação, pela primeira vez, em Portugal de 7 novas substâncias psicoactivas".

Por fim, sobre a implementação da task force regional no combate às drogas psicoactivas, Micaela Freitas realçou que o trabalho "tem sido efectivo", mas que é necessário continuar a trilhar "longo" caminho. "No combate ao fenómeno das novas substâncias psicoactivas atacamos desde a primeira hora e que permitiu, através de um decreto legislativo regional, o encerramento das denominadas "smart shops", espaços comerciais onde este tipo de substâncias eram normalmente incluído em produtos vendidos", relembrou.