
A Madeira continua a ser a terceira região com os preços mais altos no que toca ao mercado imobiliário, de acordo com os dados do mercado no 1.º trimestre de 2025, divulgados esta quarta-feira pelo INE, registando um preço mediano de 2.518 €/m2 e um aumento significativo de 23,1% face a igual período do ano passado.
De acordo com dados divulgados esta manhã pelo INE, no 1.º trimestre de 2025, "o preço mediano dos 40.163 alojamentos familiares transacionados em Portugal foi 1.951 €/m2, na sequência de uma taxa de variação de 18,7% em relação ao 1.º trimestre de 2024 (15,5% no trimestre anterior)", calculando que "o número de transações de alojamentos familiares em Portugal aumentou 24,9% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O preço mediano da habitação aumentou, em relação ao período homólogo de 2024, nas 26 sub-regiões NUTS III, destacando-se o Alto Alentejo com o maior crescimento (51,6%)".
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, "as sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)" e destaca que "nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano (€/m2) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em 52,5% e 32,3%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional".
Ainda frisa que "no 1.º trimestre de 2025, os preços da habitação aceleraram em 16 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (em 19, no 4.º trimestre de 2024), tendo os municípios de Santa Maria da Feira (+15,8 p.p.) e de Cascais (+14,8 p.p.) apresentado os maiores acréscimos", mas "a maior diminuição na taxa de variação homóloga ocorreu no município do Funchal (-30,2 p.p.)", enquanto que "os municípios de Lisboa e do Porto registaram decréscimos de 1,1 p.p. e 2,0 p.p. nas taxas de variação homólogas do 4.º trimestre de 2024 para o 1.º trimestre de 2025. Os municípios de Lisboa (4.492 €/m2), Cascais (4.477 €/m2), Oeiras (3.983 €/m2), Porto (3.066 €/m2) e Odivelas (3.048 €/m2) apresentaram os preços da habitação mais elevados".
Por outro lado, refere, "25 das 26 sub-regiões NUTS III do país registaram crescimentos homólogos do número de transações de alojamentos familiares, tendo o Ave (40,4%), o Alto Minho (36,0%), o Baixo Alentejo (34,6%), o Algarve (33,4%) e o Alto Alentejo (32,2%), registado crescimentos acima de 30%. A Grande Lisboa e a Área Metropolitana do Porto concentraram 35,6% das transações de alojamentos familiares no 1.º trimestre de 2025".
Em concreto, no período em análise, "as sub-regiões da Grande Lisboa (3.183 €/m2), Algarve (2.929 €/m2), Região Autónoma da Madeira (2.518 €/m2), Península de Setúbal (2.325 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (2.154 €/m2) registaram preços da habitação superiores aos do país", mas é "de salientar que todas estas sub-regiões registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional, com excepção da Região Autónoma da Madeira (+23,1%)", evidencia.
Quanto à origem dos adquirentes de habitação, "as sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados apresentaram também os valores mais elevados envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro e em território nacional: Grande Lisboa (4.792 €/m2 e 3.143 €/m2, respetivamente), Algarve (3.556 €/m2 e 2.793 €/m2), Região Autónoma da Madeira (3.193 €/m2 e 2.476 €/m2), Península de Setúbal (2.656 €/m2 e 2.321 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (2.835 €/m2 e 2.143 €/m2)", aponta.
Por outro lado, "as cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados apresentaram também preços superiores ao do país considerando as duas categorias do setor institucional do comprador (famílias e restantes setores institucionais): Grande Lisboa (3.217 €/m2 e 2.951 €/m2, respetivamente), Algarve (2.918 €/m2 e 3.009 €/m2), Região Autónoma da Madeira (2.554 €/m2 e 2.228 €/m2), Península de Setúbal (2.371 €/m2 e 1.726 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (2.183 €/m2 e 1.782 €/m2). O Alentejo Litoral (1.944 €/m2 e 1.654 €/m2) também superou a referência nacional nos restantes setores institucionais que não as famílias", explica.