O Reino Unido e a União Europeia vão dar 30 milhões de euros para reparar a central nuclear ucraniana de Chernobyl, danificada em fevereiro por um drone russo, anunciou hoje o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).

Devido a este ataque, "alguns sistemas essenciais concebidos para garantir a robustez da câmara durante um século já não estão a funcionar", explicou o BERD, em comunicado.

"Sem uma intervenção rápida, a situação pode piorar", acrescentou.

A União Europeia (UE) prometeu 25 milhões de euros e o Reino Unido 6,7 milhões dos 100 milhões de euros necessários para a obra de reparação da câmara de contenção da central nuclear, adiantou o BERD.

A França anunciou uma contribuição de 10 milhões de euros em meados de maio.

Esta estrutura de 108 metros de altura e 36 mil toneladas cobre o reator que explodiu em abril de 1986, o pior acidente nuclear da história, e protege um primeiro sarcófago construído pelos soviéticos, que contém detritos radioativos.

O custo desta estrutura, de mais de 1,5 mil milhões de euros, foi financiado pelo BERD e pela comunidade internacional.

Em fevereiro passado, e no âmbito da ofensiva militar russa no território ucraniano que teve início em 2022, a Ucrânia acusou a Rússia de danificar a estrutura com um drone explosivo, sem que se observasse qualquer aumento da radiação.

Sem negar especificamente o ataque, um porta-voz da presidência russa (Kremlin) garantiu que os militares russos não tinham como alvo as instalações nucleares.

O Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) gere um fundo de cooperação para Chernobyl desde 2020, a pedido da Ucrânia.

Desde 1995, a comunidade internacional contribuiu com aproximadamente dois mil milhões de euros para os programas de Chernobyl geridos pelo BERD, que canalizou mais de 800 milhões de euros das suas próprias receitas.