O Juntos Pelo Povo (JPP) insiste que é “totalmente contra” a “exploração comercial dos percursos pedestres” e a “privatização” do património natural que é pertença de todos os madeirenses e porto-santenses.

Numa nota de imprensa, o deputado do JPP Basílio Santos, lembra que o Governo Regional viu a Assembleia Legislativa Regional (ALRAM) aprovar esta semana a proposta de Orçamento do PSD/CDS para 2025, onde consta uma verba de 50 milhões de euros para requalificar e criar novos percursos turísticos, nos próximos quatro anos.

“É notório que o Governo tem vontade de investir, porque tem dinheiro”, declarou.

Mas também é notório, e não se compreende, que na hora de rentabilizar o investimento feito com o dinheiro dos impostos de todos os madeirenses, o Governo privatize e entregue tudo limpinho aos privados para arrecadarem os lucros Basílio Santos

O parlamentar faz notar que com a entrada de dois milhões de turistas por ano na Região, “qualquer pessoa percebe que se está perante a perspectiva de uma receita choruda, um negócio aliciante e altamente rentável” que o Governo da aliança PSD/CDS se prepara para “oferecer aos privados servido numa bandeja”.

Basílio Santos teme que “o volume de negócios em perspectiva”, e considerando que “as empresas têm como principal objectivo gerar lucro essa questão se sobreponha à defesa do interesse público, à preservação e conservação da natureza”.

O JPP alerta ainda para o facto de o negócio poder gerar “algum atrito” no sector das empresas de animação turística. “Ao entregar a gestão dos percursos a uma ou duas empresas, o Governo poderá colocar em causa a existência de muitas pequenas e médias empresas, agentes dinamizadores da economia, que também têm trabalhadores, pagam os seus impostos e dependem das actividades de natureza para que sejam sustentáveis”, realça.