
O Juntos Pelo Povo esteve, hoje, junto ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, a fim de reforçar a sua posição contra os preços “escandalosos” praticados pela concessionária do parque de estacionamento, que serve tanto os trabalhadores dessa unidade hospitalar como os utentes.
A empresa CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. viu renovado, este ano, o seu contrato de arrendamento com o SESARAM, por um período de três anos, para a utilização do espaço com 2.700 metros quadrados, do edifício Núcleo de Apoio ao Hospital, onde se encontra instalada a Consulta Externa."O custo global do contrato, com término em 2027, é de 363.664,21€ (10.101,78€/mês em média), pagos por todos nós", aponta Leonardo Reis, da concelhia do JPP no Funchal.
"Por outro lado, recentemente, a comunicação social divulgou que a CPE, empresa que aumentou a renda para cima dos 10 mil euros/dia da parte do edifício onde funciona a Consulta Externa, é a mesma empresa que explora o parque de estacionamento, cobrando valores incomportáveis aos utentes do estacionamento, na esmagadora maioria profissionais de saúde que trabalham na unidade hospitalar, familiares dos doentes internados e pessoas que ali se deslocam para consultas e exames", indica.
O estranho em todo este processo é que essa empresa se recusou a pagar 500€/mês (passados que estão 20 anos dos 50 de concessão concedidos), como definido no contrato de concessão, mas não teve qualquer problema em carregar o erário público e a Região com uma renda de 10 mil euros por mês pelo Núcleo de Apoio ao Hospital, situação que está a ser dirimida na justiça Leonardo Reis
O JPP afiança que, desde 2016, sempre apontou que este contrato não era benéfico para a Região "e que as renegociações anunciadas não iriam beneficiar os utentes, muito menos os interesses do Governo, aqui está a prova".
Por isso, o partido considera inaceitável que o Governo Regional "continue a ignorar o drama diário de quem tem de recorrer ao hospital e que para estacionar tem de gastar um valor escandaloso", e "não reveja urgentemente os contratos de arrendamento e concessão que prejudicam serviços públicos essenciais".
"O JPP garante aos madeirenses que irá continuará a lutar pela transparência na gestão dos dinheiros públicos, por uma saúde acessível a todos e contra as injustiças impostas aos madeirenses", termina.