
Na homilia da Missa campal da Solenidade do Corpo de Deus, celebrada esta tarde no Largo do Colégio, no Funchal, D. Nuno Brás destacou a Eucaristia como “verdadeiro alimento de peregrinos” e lembrou que o amor de Deus nunca pactua com o ódio, a inveja ou a guerra.
Dirigindo-se a centenas de fiéis, o prelado sublinhou que, neste tempo de preparação para o Jubileu de 2025, cada cristão é chamado a viver como “peregrino de esperança”, guiado pelo Pão da Eucaristia, que “dá forças divinas, sobre-humanas” e transforma o coração humano à imagem de Cristo.
“A Eucaristia não é apenas um rito. É o alimento do Céu que nos permite caminhar com ânimo, com fé e com coragem, apesar das dificuldades. Une-nos ao Céu, dá-nos os olhos de Deus, o coração de Deus e a força para vivermos como irmãos, como Igreja em caminho”, afirmou o Bispo do Funchal.
Numa sociedade marcada por conflitos e divisões, D. Nuno Brás foi claro: “Jamais o amor pactua com o ódio, com a inveja, com o egoísmo, com a guerra.” E acrescentou: “Ou nos convertemos, ou mudamos o nosso modo de viver e de pensar egoísta, ou ficaremos de fora.” Para o Bispo, o juízo de Deus será sempre feito à luz do amor, mas nunca à custa da verdade.
A homilia concluiu com um apelo à vivência coerente da fé: “Deixemos que a Eucaristia nos alimente, a nós que somos peregrinos de esperança. Levemos o Senhor pelas ruas da cidade, sem medo nem vergonha, como sinal vivo do que somos: homens e mulheres em caminho, conduzidos pelo próprio Deus.”
A celebração continua com a tradicional procissão do Corpo de Deus pelas principais artérias do Funchal, num percurso ornamentado por tapetes florais elaborados por diversas paróquias da Diocese.