
O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou este domingo que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.
Esta é a "maior rede descoberta em dez anos", segundo um comunicado do Shin Bet, que deu conta da detenção de 60 suspeitos nesta operação, realizada nos últimos três meses.
"Prendemos mais de 60 pessoas, apreendemos 22 armas de vários tipos e resolvemos a investigação sobre um ataque a tiro perpetrado (...) há 15 anos, no qual quatro israelitas foram mortos", disse o Shin Bet.
Dez células distintas compunham esta rede do grupo palestiniano em Hebron, de acordo com o comunicado, que revelou ainda a existência de um "armazém subterrâneo" utilizado para manter equipamento de combate e abrigar "foragidos procurados pelas autoridades".
Muitos dos capturados já tinham sido detidos anteriormente e estavam a recrutar, armar e treinar novos membros do Hamas na região "para realizar ataques com armas de fogo e bombas "contra alvos israelitas.
A violência na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, aumentou durante a guerra na Faixa de Gaza, iniciada por um ataque do Hamas em 08 de outubro de 2023 em solo israelita.
Desde então, pelo menos 945 palestinianos foram mortos pelo Exército ou por colonos israelitas, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.
Ao mesmo tempo, pelo menos 35 israelitas, incluindo militares, morreram em ataques ou operações militares palestinianas, segundo Israel.