
Em março, o Presidente norte-americano enviou uma carta aos dirigentes iranianos apelando a negociações sobre o seu programa nuclear, mas Donald Trump também ameaçou bombardear o Irão se a diplomacia falhasse e impôs sanções adicionais ao setor petrolífero iraniano.
"As negociações diretas com uma parte que ameaça constantemente recorrer à força (...) e cujos diferentes responsáveis expressam posições contraditórias não faria sentido", disse este sábado o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, segundo relatos veiculados hoje pelo seu ministério.
"Mas continuamos empenhados na diplomacia e estamos prontos a tentar a via das negociações indiretas", acrescentou Araghchi.
Os Estados Unidos e o Irão, aliados próximos durante a monarquia Pahlavi, não têm relações diplomáticas desde 1980, depois de diplomatas americanos terem sido feitos reféns na embaixada em Terão, na sequência da Revolução Islâmica.
Contudo, os dois países trocam informações indiretamente através da embaixada da Suíça em Teerão. O Sultanado de Omã também desempenhou o papel de mediador no passado, tal como o Qatar, em menor escala.
A carta de Donald Trump foi entregue ao Irão via Emirados Árabes Unidos.
Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, suspeitam há décadas que Teerão pretende dotar-se de armas nucleares. O Irão rejeita estas alegações e afirma que as suas atividades nucleares se destinam unicamente a fins civis, nomeadamente energéticos.
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Lusa/Fium