
O Governo rebelde Houthi do Iémen manifestou hoje "pleno apoio" ao Irão, condenado o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas e ameaçando atacar os navios norte-americanos no Mar Vermelho.
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Em comunicado citado pelas agências internacionais, reafirmou o compromisso das Forças Armadas de estarem prontas para atacar barcos e navios de guerra norte-americanos no mar Vermelho.
“O Governo (Houthi) do Iémen condena energicamente a flagrante e bárbara agressão norte-americana contra o Irão”.
“Não é uma simples violação da soberania, mas uma flagrante declaração de guerra contra o povo irmão do Irão”.
Na nota, referiram que estes ataques confirmam que os EUA são "o patrocinador oficial do terrorismo da entidade sionista (Israel)".
"Em colaboração, prosseguem os esforços para violar a nossa região, controlar os nossos destinos e manter a nossa nação num estado de debilidade", alegaram no documento.
Assim, declararam "pleno apoio ao povo irmão iraniano" e confiança na capacidade do Irão, dos seus líderes e do povo para fazerem frente "à agressão norte-americana e israelita" e resistirem aos desafios.
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O Governo Houthi reafirmou o "compromisso do Iémen com a declaração das Forças Armadas de estaram prontas para atacar barcos e navios de guerra norte-americanos no mar Vermelho".
Afirmou que o fará "em defesa da nação e para proteger a segurança nacional", e acrescentou que continua a apoiar a Palestina:
"O Iémen apoiará qualquer país árabe ou muçulmano submetido a agressão sionista ou norte-americana".
No sábado, antes dos ataques dos EUA ao Irão, o porta-voz militar dos Houthis, Yahya Sarea, ameaçou atacar barcos e navios de guerra se os norte-americanos se envolvessem num "ataque e agressão contra o Irão".
Donald Trump confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão “com sucesso”, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrer no âmbito do conflito entre Israel e o Irão, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.