"Esperamos que a segunda fase das negociações do cessar-fogo comece no início da próxima semana e os mediadores continuam a discutir este assunto", afirmou o responsável do Hamas, Taher al-Nounou.

Outra fonte próxima das negociações disse à agência de notícias francesa AFP que "os mediadores informaram o Hamas de que esperavam iniciar a segunda fase das negociações na próxima semana em Doha", no Qatar.

Em conformidade com o acordo de cessar-fogo mediado pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, que entrou em vigor a 19 de janeiro, as conversações indiretas destinadas a abordar os pormenores da segunda fase deveriam ter começado em 03 de fevereiro, mas tal não aconteceu.

A primeira fase do acordo de cessar-fogo, com a duração de 42 dias, prevê a libertação de 33 reféns israelitas em troca de cerca de 1.900 prisioneiros palestinianos detidos nas prisões israelitas.

A segunda fase deverá permitir a libertação de todos os reféns e o fim definitivo da guerra no enclave controlado pelo Hamas desde 2007, antes de uma fase final, que será dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza, praticamente destruída após mais de 15 meses de guerra.

O Hamas tem afirmado repetidamente que está pronto para dar início à segunda fase das negociações.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enviou em 08 de fevereiro uma equipa de negociação a Doha para discutir os pormenores técnicos do acordo atual, mas esta equipa não foi mandatada para discutir a segunda fase do acordo de tréguas.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes conduzido pelo Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns, na sua maioria civis.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou a morte de mais de 48 mil pessoas, na maioria civis, e a destruição da maioria das infraestruturas do enclave, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas.

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