
"O Governo apela a toda a população e, em particular, a todos os funcionários públicos, para que, durante o período de luto nacional, se reúnam diariamente em oração, a partir das 17 horas, em Lecidere como gesto de homenagem e recolhimento em memória do Papa Francisco", pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros.
No comunicado, o Governo explica também que os serviços da administração pública estão a funcionar durante o período de luto nacional e que não é feriado, nem tolerância de ponto.
Na sequência da morte do Papa Francisco, o Governo timorense decretou luto nacional por um período de sete dias, que termina no próximo dia 28.
O Papa Francisco morreu segunda-feira aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Segundo a legislação em vigor do Vaticano, o caixão de Francisco vai ser levado hoje para a Basílica de São Pedro, na cidade-estado, para ser visto pelos fiéis, e o funeral realiza-se sábado.
Entretanto, o comando-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) emitiu um despacho para que as forças de segurança informem as comunidades em todo o país que não se pode ouvir música alta e fazer festas até ao final do luto nacional.
"Não devem ser realizadas festas em locais públicos, não deve haver música alta em bares, casas e locais públicos" e também nos transportes urbanos, refere o despacho da PNTL.
Uma das últimas viagens feitas pelo Papa Francisco foi a Timor-Leste, em setembro de 2024 no âmbito de um périplo pelo Sudeste Asiático.
Em Díli, Francisco pediu aos timorenses para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que "estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste" e para que os "cidadãos se sintam efetivamente representados".
O ponto alto da visita foi a missa que celebrou em Tasi Tolu a que assistiram cerca de 600.000 pessoas.
Aquela foi a segunda vez que um Papa visitou Timor-Leste, país onde 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos. A primeira ocorreu em 1989 quando João Paulo II visitou o território, ainda sob ocupação indonésia.
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