O SMN alertou também para a sua rápida intensificação e para a possibilidade de passar à categoria 4 nas próximas horas.

Às 18:00 locais (00:00 TMG), o Erik encontrava-se a 90 quilómetros (kms) a sul-sudoeste de Puerto Angel, no estado mexicano de Oaxaca, com ventos sustentados de 195 quilómetros por hora (kms/h) e rajadas de até 220 kms/h.

De acordo com o último relatório do SMN, o fenómeno meteorológico deslocava-se para noroeste a 15 kms/h e terá impacto durante as primeiras horas de hoje entre Puerto Escondido, em Oaxaca, e Punta Maldonado, em Guerrero, que em 2023 sofreu os estragos do furacão Otis e, em 2024, do John.

As massas de nuvens do ciclone já estão a provocar chuvas extraordinárias - mais de 250 milímetros - em Oaxaca, e chuvas torrenciais - de 150 a 250 milímetros - em Guerrero e Chiapas, acompanhadas de descargas elétricas.

O SMN alertou para o risco de deslizamentos de terras, inundações e subida de rios e riachos nas zonas baixas.

Além disso, a agência da Comissão Nacional da Água (Conagua) previu rajadas de vento de mais de 210 kms/h e ondas entre 6 e 8 metros de altura nas costas de Oaxaca e Guerrero.

Em Chiapas, as autoridades mexicanas preveem ventos de até 120 kms/h e ondas de 4 a 5 metros.

A Presidente do México, Claudia Sheinbaum, lançou um apelo urgente à população para que tome precauções e siga as instruções das autoridades.

A chefe de Estado anunciou a suspensão das aulas e a presença de forças de segurança e forças armadas para fazer face a eventuais crises e catástrofes.

Até ao momento, a Proteção Civil mexicana mantém uma zona de prevenção de furacões desde Acapulco, em Guerrero, até Puerto Angel, em Oaxaca.

Ao contrário de fenómenos anteriores, como o Otis e o John, foram lançados desde terça-feira alertas precoces e ações coordenadas para atenuar os danos.

A temporada de ciclones tropicais de 2025 poderá registar até 37 sistemas com esta denominação nos oceanos Atlântico e Pacífico, dos quais, pelo menos, cinco poderão afetar o território mexicano, de acordo com as previsões do SMN.

APL // APL

Lusa/Fim