
No cartaz, que inclui 41 atuações dividas por três palcos, o diretor da promotora Last Tour Portugal, Diogo Marques, aponta "muitos destaques, cada um com o seu peso diferente".
Na quinta-feira, o diretor do MEO Kalorama destaca as atuações dos Pet Shop Boys, "um nome incontornável da música mundial", The Flaming Lips e Father John Misty.
Nesse dia, atuam também David Bruno, Capital da Bulgária, Cara de Espelho, Sevdaliza, L'Impératrice, Kriativu Jam (projeto que junta a cultura e os ritmos de Cabo Verde com a energia única de Lisboa), Kierastoboy, Olof Dreijer, Roi Perez e 2ManyDJs.
Do cartaz de sexta-feira, Diogo Marques aponta como destaques FKA Twigs, "que vai apresentar novas músicas e um espetáculo que promete ser muito marcante", e Scissor Sisters, "que já não vêm há doze anos a Portugal".
Para esse dia, estão também agendadas as atuações de Cíntia, Best Youth, Azealia Banks, Heartworms, MAQUINA., Model/Atriz, Boy Harsher, Róisin Murphy, Viegas, Identified Patient, Kelly Lee Owens e Helena Hauff.
No último dia do festival, sábado, os destaques são Damiano David, vocalista dos Maneskin, "numa das primeiras atuações a solo e que tem tantos 'hits' que cada música que lança está no topo", e Branko, "que vai fazer um espetáculo especial para o festival".
No sábado atuam também Carla Prata, Jamine 4.T, Noga Erez, Jorja Smith, Yakuza, Badbadnotgood, Royel Otis, Bernardo Vaz, Anish Kumar, Jennifer Cardini, Ryan Elliott e Daniel Avery.
À 4.ª edição, o Kalorama está "mais inclusivo", visto que "possibilita que qualquer pessoa possa ir".
Diogo Marques lembra que houve uma "redução de preço de bilhetes", além de ser possível o seu pagamento faseado, e a organização estabeleceu "mais parcerias com a cidade", havendo descontos para quem tem passe Navegante ou Cartão Jovem, por exemplo.
Em termos de acessibilidades, foram estabelecidas parcerias com várias marcas, uma das quais disponibiliza "'shuttles' gratuitos pela cidade, sem custos para quem tem bilhete para o festival". Os 'shuttles' circulam entre as 15:00 e as 04:00, de meia em meia hora, entre Sete Rios e o Parque da Bela Vista, com paragens na avenida de Berna, avenida de Roma e avenida dos Estados Unidos da América.
A organização estabeleceu também parcerias com uma empresa de parques de estacionamento, que terá um preço especial para os portadores de bilhete para o Kalorama, e com empresas de transportes, que aplicam descontos aos 'festivaleiros'.
A organização aconselha o uso dos transportes públicos, "para que os carros não vão todos para a Bela Vista e as pessoas consigam chegar sem confusões".
Em termos de acessibilidades, já tinha sido anunciado em abril que no recinto volta a haver vários espaços preparados para acolher pessoas com deficiência, cujas equipas serão este ano reforçadas com "uma equipa de acompanhantes, dedicada só às pessoas que queiram ir sozinhas ao festival", disse na altura à Lusa a diretora de Sustentabilidade do festival, Dora Palma.
O acompanhante, que "não é um assistente pessoal", "é uma pessoa que vai acompanhar, vai indicar onde estão os espaços, pode ir buscar comida, bebida, como um amigo".
Quem quiser usufruir deste serviço deve, à chegada ao recinto, "dirigir-se às oficinas, às plataformas ou ao espaço para pessoas surdas e haverá sempre uma pessoa que direciona para esta equipa de acompanhantes".
Outras novidades desta edição são o aumento do tamanho da plataforma em frente ao palco maior, onde serão também criados espaços diferenciados por tipo de apoio necessário, e a colocação no recinto de mais casas de banho adaptadas.
À semelhança de edições anteriores, "uma pessoa com 60% ou mais de incapacidade, que leve o atestado multiúso para comprovar, tem direito a um bilhete gratuito para o assistente pessoal", estará disponível estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada, para veículos que tenham dístico, e haverá um 'shuttle' adaptado da Estação do Oriente à porta do festival.
Na entrada do recinto haverá equipas de apoio, em frente aos dois palcos maiores "uma zona para as pessoas surdas poderem sentir a vibração do som" e técnicos a fazerem interpretação dos espetáculos em Língua Gestual Portuguesa.
Nas plataformas em frente aos dois palcos maiores estará disponível um serviço de audiodescrição para pessoas cegas e amblíopes.
Além disso, o festival volta a ter uma sala de pausa para pessoas com neurodivergência e uma oficina "para fazer pequenos consertos nas cadeiras de rodas, o empréstimo de 'kits' motorizados que se acoplam às cadeiras e dão maior autonomia".
Em termos de inclusão, de acordo com Diogo Marques, houve uma preocupação em ter "mais mulheres no cartaz", conseguindo assim um "equilíbrio completo entre os artistas".
A sustentabilidade é outro dos pilares do festival, que, à semelhança de anos anteriores irá fazer doação de comida nos três dias e de materiais no final. Entre outras coisas, foram instalados bebedouros para reduzir utilização de garrafas de plástico e os automóveis utilizados pela organização são "maioritariamente elétricos".
As Artes Visuais voltam a ter destaque num festival que é sobretudo de Música.
Nesta edição, a Arte contribui para uma "transformação completa do que é o festival de dia e de noite", visto que as luzes e a componente digital "transformam os palcos", que são intervencionados pelos coletivos Openfield e Malibu Ninjas.
No ano passado, no primeiro dia do festival registaram-se filas muito longas na entrada para o recinto devido ao sistema de pagamento implementado, que exigia que todos os 'festivaleiros' tivessem pulseiras que carregavam depois com dinheiro.
Este ano, o sistema de pagamento mantém-se 100% 'cashless', "mas sem pulseira", bastando para isso usar cartões bancários ou os 'smartphones'.
Desta forma, só os portadores de passes de três dias irão precisar de trocar os bilhetes por pulseiras, mas apenas para poderem aceder ao recinto.
Diogo Marques acredita que com esta alteração "a entrada está mais facilitada".
O recinto abre às 16:00 e encerra às 03:00 do dia seguinte.
Os passes de três dias para o Kalorama custam 105 euros. Os bilhetes diários 55 euros.
JRS // MAG
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