A iniciativa hoje divulgada resulta de um protocolo de colaboração entre a Direção-Geral da Educação (DGE) e a UNICEF Portugal, que fica responsável por acompanhar a implementação da abordagem educativo do Programa de Educação pelos Direitos e Crianças.
O objetivo, explica a UNICEF Portugal em comunicado, é "promover a participação democrática dos alunos na vida escolar, dando voz às crianças e jovens como protagonistas das decisões".
Dessa forma, pretende-se desenvolver competências sociais e emocionais que contribuam para o sucesso dos alunos além da escola, como o pensamento crítico, a comunicação, a liderança e resolução de conflitos, e o trabalho em equipa.
A abordagem educativa da UNICEF procura potenciar ambientes de aprendizagem que assegurem a proteção e desenvolvimento integral das crianças nas comunidades, e fá-lo ao reconhecê-las como "sujeitos de direitos" e ao valorizar a sua participação ativa na sociedade.
Começando pela sua participação ativa na vida escolar, as escolas deverão consolidar práticas inclusivas e que essa participação, reforçando o sentimento de pertença à escola.
"O direito à participação é de todas as crianças, mas sabemos que é particularmente importante para crianças em situação de maior vulnerabilidade, porque permite desenvolver um conjunto de competências para a vida", sublinhou a diretora de Programas e Políticas de Infância na UNICEF Portugal.
Em declarações à Lusa, Francisca Magano explicou que nas escolas envolvidas será possível testar e avaliar diferentes práticas e dinâmicas que promovam oportunidades de participação.
Um exemplo, implementado numa escola que já trabalha com a abordagem educativa da organização, é a implementação de inquéritos aos alunos que permitiram identificar necessidades e, depois, trabalhar em conjunto para desenvolver projetos que respondam a essas necessidades.
Noutra escola, de primeiro ciclo, foi criada uma Assembleia de Alunos em que as próprias crianças definiram e distribuíram pelouros, desenvolvendo "competências de liderança, responsabilidade, trocam ideias e aprendem a ouvir o outro", sublinhou a responsável.
Ao longo de três anos, o projeto será implementado em 10 das mais de uma centena de escolas TEIP de quarta geração, identificadas pela DGE.
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