Nas conclusões da reunião de líderes da União Europeia (UE), já aprovadas, o Conselho Europeu "pediu um cessar-fogo imediato" em Gaza que conduza ao "fim permanente das hostilidades" entre Israel e o movimento radical Hamas, que controla o enclave palestiniano.

A instituição, presidida pelo antigo primeiro-ministro António Costa e integrada pelos chefes de Estado e de Governo dos países da UE, pediu a Israel "que levante na totalidade o bloqueio a Gaza e permita imediatamente o acesso desimpedido e sustentável à distribuição de assistência humanitária".

Para os líderes da UE, Israel tem de "cumprir na totalidade com as obrigações no âmbito da lei internacional, incluindo a lei humanitária internacional".

É "imperativo assegurar a proteção dos civis", sustentaram os líderes dos 27.

O Conselho Europeu "tomou nota do relatório sobre o cumprimento do Artigo 2.º do acordo de associação entre Israel e a UE", que dá conta de violações dos direitos humanos por parte de Telavive, e anunciou que em julho vai começar a discutir como proceder.

Os líderes europeus também registaram o aumento da violência na Cisjordânia ocupada por Israel.

Os colonatos judaicos na Cisjordânia, considerados um dos principais obstáculos a uma paz duradoura, são regularmente condenados pelas Nações Unidas, por serem ilegais à luz do direito internacional.

No entanto, Alemanha, República Checa e Hungria estão contra uma revisão do acordo de associação e opõem-se à suspensão.

Sobre o Irão, e três dias depois de entrar em vigor o cessar-fogo com Israel, o Conselho Europeu saudou a decisão de Telavive e Teerão de "acabar com as hostilidades" e pediu contenção nas ações que possam levar a "uma nova escalada" das tensões.

Em simultâneo, os líderes da UE querem que o Irão respeite as obrigações no tratado de não-proliferação de armamento nuclear.

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