Durante milénios, os astrónomos pensaram que Urano não passava de uma estrela distante. Foi apenas no final do século XVIII que Urano foi aceite como planeta. Este mundo azul e com anéis tem sido difícil de estudar, mas novas pesquisas da NASA ajudam a desvendar um pouco dos seus mistérios.

Cientistas defendem que Urano emite calor interno, contrariando a tese de décadas de que afirmava o contrário.

Para chegarem a esta conclusão, investigadores da Universidade britânica de Oxford e da NASA usaram modelos computacionais avançados e dados recolhidos durante décadas por telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Hubble.

"Fizemos muitos cálculos para ver quanta luz solar reflete Urano e percebemos que, na realidade, reflete mais do que se tinha estimado", afirmou o físico planetário Patrick Irwin, da Universidade de Oxford, que liderou a equipa que conduziu o trabalho.

A metodologia usada no estudo permitiu, segundo os seus autores, calcular com maior precisão o balanço energético de Urano: quanta energia recebe do Sol e reflete como luz e quanta energia emite como calor.

De acordo com o estudo, Urano emite aproximadamente 15% mais energia da que recebe do Sol, indicando que conserva uma fonte interna de calor, apesar de menor comparativamente à de Neptuno, planeta vizinho.

Urano é o sétimo planeta do Sistema Solar, a contar do Sol, e a sua órbita fica entre a de Saturno e a de Neptuno.

O planeta, um gigante gelado, foi "visitado" em 1986 pela sonda espacial Voyager 2, da NASA.

SIC Notícias