
O embaixador Alexey Labetsky, que falava terça-feira em entrevista à agência de notícias russa TASS, disse que as prioridades do Brasil para a organização estão alinhadas com a Rússia, no que diz respeito "às questões de saúde, inteligência artificial, clima e finanças".
"Vemos que eles querem continuar com o curso ativo que foi estabelecido durante a presidência da Rússia e refletido na Declaração de Kazan", disse o político, referindo-se à declaração final da reunião de chefes de Estado do grupo na cidade russa, a primeira após a expansão do grupo decidida na cimeira, em agosto de 2023, em Joanesburgo, na África do Sul.
O diplomata considerou que o Brasil tem desempenhado um papel ativo na liderança do BRICS, mencionando as reuniões diplomáticas que têm ocorrido sob a presidência brasileira e avançando que a próxima reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros acontecerá nos dias 28 e 29 de abril no Rio de Janeiro.
"A questão do desenvolvimento institucional adicional do próprio formato BRICS tornou-se importante do ponto de vista da tarefa de desenvolver a interação no formato expandido", acrescentou.
Brasília acolherá depois a reunião de representantes de alto nível responsáveis por questões de segurança no dia 30 de abril.
O BRICS, grupo formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia e China, passou a contar com a África do Sul em 2011.
Em 2024 o grupo passou a contar dez membros plenos, depois da integração do Irão, a Arábia Saudita, o Egito, a Etiópia e os Emirados Árabes Unidos.
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