Na missiva, a que a agência Lusa teve acesso, a candidatura do antigo secretário de Estado do Desporto propõe a "criação de um fundo ou programa de garantia desportiva dedicado a oferecer microcréditos acessíveis para apoiar a preparação e participação dos atletas em competições internacionais".
Para Alexandre Mestre, este crédito pode ser transformado em "subsídio a fundo perdido em caso de obtenção de medalhas ou diplomas olímpicos", e pretende também criar "mecanismos de acompanhamento e mentoria financeira para a gestão eficiente dos recursos pelos atletas".
O candidato quer ainda criar uma central de compras partilhadas, que permita a "aquisição conjunta de equipamentos e materiais desportivos" e a negociação centralizada com fornecedores.
Alexandre Mestre quer também criar a Universidade Olímpica Portuguesa (UOP), "uma instituição de ensino superior ou um 'hub' de ensino superior nacional e internacional, especializada no desenvolvimento académico, técnico e profissional de atletas, treinadores, gestores desportivos e outros agentes do ecossistema desportivo".
A UOP terá, de acordo com a carta de Mestre às federações, programas específicos para atletas e formação de agentes desportivos, além de um centro de inovação e tecnologia desportiva, com, entre outros, laboratórios de alta tecnologia.
Alexandre Mestre voltou ainda a falar de um canal de televisão olímpico, com cobertura equitativa de todas as modalidades e que seria um fonte de receita e visibilidade para as federações.
Além de Alexandre Mestre, concorrem à presidência do organismo o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, e o também antigo secretário de Estado do Desporto Laurentino Dias.
Para ser validada pela Comissão Eleitoral, cada uma das candidaturas às eleições de 19 de março tem de ser subscrita por "pelo menos um quarto das federações desportivas cujas modalidades figurem no programa dos Jogos Olímpicos", ou seja, nove.
As eleições marcadas para 19 de março vão eleger o sucessor de Artur Lopes, que assumiu a presidência do COP após a morte de José Manuel Constantino em agosto passado.
NFO/AMG // AO
Lusa/Fim