No âmbito da apresentação da coligação de esquerdas, que deverá ser apresentada esta sexta-feira, José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, defendeu a candidatura de Alexandra Leitão, criticando o "folclore de aparecer" de Carlos Moedas, atual presidente da autarquia e recandidato à mesma.

Em declarações aos jornalistas no Miradouro São Pedro de Alcântara, Carneiro desvalorizou a ausência do PCP do acordo que une as esquerdas porque "todos os que quiseram estar, estão".

O socialista considerou que se deram "as mãos" e "juntaram-se as vontades" daqueles que "quiseram ter este espírito de serviço" e que "estão nesta partilha de uma responsabilidade e dever comum com a cidade e é isto que é muito importante".

A viver durante a semana na capital, Carneiro destaca que Lisboa precisa "de uma atenção muito especial às condições de vida". Por exemplo, "andar a pé na cidade tem problemas graves", devido ao piso em que as pessoas caminham. "As pessoas têm quedas quase todos os dias na cidade", aponta o secretário-geral do PS.

"A cidade precisa de um carinho com as pessoas, não é fazer o folclore de aparecer, é de uma atenção muito especial às condições de vida ", sublinha ainda o secretário-geral quando questionado sobre se o projeto de Alexandra Leitão, sem o PCP, terá força para derrubar a candidatura de Carlos Moedas.

A acompanhar a candidatura socialista desde o início, Carneiro argumenta que "desde a primeira hora está centrada nas questões concretas da vida das pessoas".

Já sobre Alexandra Leitão em concreto, escolha de Pedro Nuno Santos para candidata em Lisboa, Carneiro defende que, mesmo não tendo sido nomeada por si, foi "uma escolha acertadíssima" pelas "qualidades humanas, cívicas e políticas" que possui e sobre as quais já deu provas no serviço ao país.

"[A Alexandra Leitão] é uma personalidade do melhor que o PS tem e, portanto, é para nós uma honra ter uma candidata deste calibre", afirma.