
Em Vila Viçosa, junto do Mercado Municipal, a GESAMB expôs 80 sacos de lixo no âmbito da exposição itinerante “O Seu Lixo para Toda a Gente Ver”.
Com o objetivo de «provocar» e «sensibilizar as pessoas para produzirem menos lixo no seu dia a dia», segundo Gilda Matos, técnica superior da GESAMB, esta exposição quer chegar às «pessoas residentes» e às que «visitam o município».
«Temos aqui a representação de cerca de meia tonelada de lixo, que é o que um habitante aqui da nossa área de intervenção produz por ano», esclareceu, dizendo ainda que «há um longo caminho a percorrer».
Patente naquele espaço durante uma semana, esta mostra não chegou nesta terça-feira, até à próxima semana, por acaso: «Escolhemos o 13 de maio, não por questões religiosas, mas porque no próximo sábado, dia 17 de maio, vai ser o Dia Mundial da Reciclagem».
«Queríamos realmente aproveitar a presença da exposição aqui e também para assinalar este dia, apesar de aqui não estarmos especificamente a sensibilizar as pessoas só para a reciclagem, mas para a prevenção de resíduos», acrescentou a técnica superior.
Como itinerante que é, esta exposição já passou por cinco dos municípios da abrangência da GESAMB, o que tem dado um feedbak «interessante» para Gilda Matos.
«Tem sido interessante acompanhar a reação das pessoas quando vê realmente uma montanha de sacos. Quase que pensam primeiro será que o município se esqueceu dos sacos ali na praça», vincou.
Ainda assim, a técnica superior confessou que não acredita que estas campanhas sejam suficientes para o aumento dos números da reciclagem. «Acho que têm de existir mecanismos e mecanismos financeiros que possam ajudar a esta alteração», referiu.
«Parece que não, mas já existem ecopontos há 20 anos e as pessoas estão sensibilizadas desde essa altura», adicionou Gilda Matos, afirmando ainda que «o aumento tem sido muito gradual, mas muito pouco expressivo de ano para ano e precisamos de triplicar a quantidade de resíduos recolhidos seletivamente».
Já Inácio Esperança, presidente da autarquia, destacou que o seu pensamento vai na mesma onda, uma vez que «é preciso muito mais», mesmo que esta iniciativa «seja uma ajuda».
«É um alerta para as pessoas, porque efetivamente precisamos de pensar melhor os nossos lixos», complementou o edil calipolense.
Esclareceu que o município já distribuiu compostores, mini-ecobags «em casa das pessoas» e que o sistema de recolha foi melhorado com contentores enterrados e mais ecopontos disponíveis. Contudo há ainda os monos, que são recolhidos «gratuitamente, em casa das pessoas»: «É só pedirem».
«Reciclamos aquilo que é para reciclar. Damos a outras pessoas aquilo que é possível, no sentido de reutilizar. Criámos o EcoViçosa para tentar ajudar nesta questão», vincou Inácio Esperança, concluindo ainda que «temos um plano de gestão de resíduos até 2030, que temos de cumprir».
De seguida, fique com a reportagem da inauguração da exposição, de Luís Diabão e Dinis Faneca.