
Mariana Leitão, candidata única à liderança da Iniciativa Liberal (IL), chegou este sábado à X Convenção Nacional do partido, em Alcobaça, com uma mensagem de confiança e determinação. A futura líder liberal sublinhou a importância do momento: “É importante hoje, mais do que nunca, darmos este sinal de que a IL está cá, está preparada, está confiante e é uma alternativa ao imobilismo, a um autoritarismo ainda tímido, mas que se começa a sentir”, afirmou aos jornalistas à entrada para o evento que irá oficializar a sua eleição.
A X Convenção Nacional da IL marca a transição da liderança, com Mariana Leitão a suceder Rui Rocha, que conquistou o cargo em 2023 após disputar a presidência com Carla Castro e José Cardoso. A trajetória da liderança liberal remonta a 2017, quando Miguel Ferreira da Silva assumiu o primeiro mandato, seguido por Carlos Guimarães Pinto e João Cotrim Figueiredo, que deixou o comando no final de 2022.
No discurso inaugural, Mariana Leitão não revelou o nome do candidato presidencial que a IL apoiará nas próximas eleições, mas garantiu: “É garantido que a IL vai estar nas presidenciais.” Este compromisso reforça a estratégia de presença do partido no debate político nacional.
No plano da oposição, Mariana Leitão apontou críticas diretas ao novo líder do Chega, André Ventura, destacando a necessidade de o combater: “Há um novo líder da oposição que é preciso ser combatido, porque é de facto um líder com uma ausência grande de propostas, com ainda mais socialismo do que o anterior e com laivos de algum autoritarismo que é preciso combater.”
A convenção decorre num contexto de renovação interna e de afirmação estratégica da Iniciativa Liberal, que se apresenta como alternativa real aos principais partidos do sistema. A nova liderança, encabeçada por Mariana Leitão, chega num momento em que o país assiste a sinais de endurecimento no discurso político e a uma crescente polarização.
Ao assumir o comando do partido, Mariana Leitão promete reforçar a presença liberal no cenário nacional e posicionar a IL como voz ativa na defesa das liberdades e do combate ao que considera ser tendências autoritárias. O próximo ciclo político ditará se esta aposta dará frutos e se a Iniciativa Liberal conseguirá, de facto, consolidar-se como terceira força da oposição em Portugal.