
O 13.º prémio Amadeo de Souza-Cardoso vai ser entregue a Ana Jotta este sábado, numa sessão solene no salão nobre dos Paços do Concelho, às 16h00, informa a autarquia.
No final da cerimónia, a artista plástica inaugura a exposição “Comer e Existir”, na Sala do Capítulo do Convento Dominicano de São Gonçalo de Amarante, edifício que alberga o Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso (MMASC).
De acordo com o município, a mostra apresenta um conjunto de écrans de projeção pintados, nos quais formigas devoram sobremesas enquanto contemplam uma paisagem de Amadeo.
“A envolver alguns detalhes arquitetónicos da sala, a iguaria tradicional de Amarante, ligada aos rituais fálicos e de fertilidade de São Gonçalo, irá relacionar-se com o trabalho da artista e uma obra de Amadeo de Souza Cardoso”, resume.
Para os curadores Lígia Afonso e Samuel Silva, a exposição de Ana Jotta, “pensada e realizada para Amarante, é uma elegia radical ao prosaico, ao mínimo insignificante, um lugar de atenção à essencialidade da vida: dormir e trabalhar, comer e existir”.
Ana Jotta sucede a Eduardo Batarda, vencedor do Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2019. Trata-se de um prémio aquisição, no valor de 30 mil euros, que confere a integração de uma obra de arte da artista na coleção do MMASC.
O júri, presidido por Raquel Henriques da Silva e composto por Laura Castro, Lígia Afonso, Samuel Silva e Rosário Correia Machado, referiu, em ata: “o júri deliberou, por unanimidade, nomear Ana Jotta como vencedora do Grande Prémio Amadeo de Souza Cardoso pelo carácter radicalmente inventivo e profundamente singular do conjunto da sua obra no contexto da produção artística contemporânea. Autónomo, libertário, incoerente, avesso, inesperado, pessoal, em permanente rutura com os lugares-comuns e consigo mesmo, o trabalho de Ana é sempre tão jovem quanto os jovens artistas cuja obra inspira.”
Créditos imagem de destaque: Galeria Miguel Nabinho