
Rui Bandeira foi o convidado de Daniel Oliveira no programa Alta Definição, da SIC, deste sábado, 19 de julho. Durante a entrevista, o conhecido músico recordou alguns momentos marcantes da sua infância, mais precisamente a separação dos pais.
"Fiquei na casa dos meus avó paternos, só via a minha mãe aos fins de semana. Ele levou-me para lá porque, quando há uma separação, naquele tempo, os filhos eram uma arma de arremesso. Neste caso, o elo mais fraco fui eu", começou por dizer.
A ausência da mãe foi o que mais marcou o artista. "Ela batalhou sempre muito nos tribunais para eu ficar com ela. [...] Entretanto, entrei na adolescência e, aos 12 anos, decidi fugir de casa e ir viver com a minha mãe. Se calhar, desiludi o meu pai também", lembrou.
"O meu pai casou-se com uma pessoa que passou mais tempo comigo do que com o meu próprio pai. Havia um choque muito grande entre mim e ela, mas ela não era a minha mãe. Isso foi fazendo com que aos 12 anos eu já não aguentasse mais", frisou, explicando os motivos por que decidiu fugir de casa.
E eis que recordou ainda alguns momentos de maior tensão na casa onde vivia. "Houve alguns maus-tratos e abusos [por parte da madrasta], mas o meu pai ignorou. Foram abusos psicológicos e físicos, a comunicação também não era a melhor. O meu pai só voltava à noite do trabalho", recordou.
"Não culpo a pessoa em questão, era outra época, mas as marcas ficam cá. Por outro lado, também era a pessoa que contribuía financeiramente para eu estar ali. Tive de perdoar aquilo que aconteceu. Ainda hoje dói com 51 anos, mas se não perdoares a vida vira-se contra ti", completou.