
O selecionador português feminino de sub-19 de basquetebol, Agostinho Pinto, assumiu este domingo que é impensável Portugal ter terminado no sétimo lugar na sua estreia em Mundiais.
Na despedida do Mundial de Brno, na República Checa, Portugal venceu a Hungria, por 74-58, no encontro de atribuição do sétimo lugar, "um jogo importantíssimo", porque a equipa lusa queria "mais um lugar no Mundial", considerou Agostinho Pinto, em declarações enviadas à agência Lusa.
"Nós entrámos no jogo muito determinados, fizemos uma primeira parte de altíssimo nível, estávamos a ganhar 47-33, marcar 47 pontos a uma potência como a Hungria na primeira parte é extraordinário. Depois conseguimos estar a ganhar por 23 pontos, conseguimos gerir e acabámos a ganhar por 16 pontos. A gerir o jogo que nos tornou na sétima melhor equipa do mundo, que é uma coisa impensável, uma coisa impensável", referiu.
O selecionador lembrou que, apesar de ser um Mundial de sub-19, todas as jogadoras já são seniores, o que "ainda valoriza mais isto".
"Quer dizer que se acreditarmos sempre e nunca nos inferiorizarmos aos outros, que é possível isto. [...] Não há palavras para descrever a alegria disto, porque é uma coisa inimaginável, ficar entre as sete melhores equipas do mundo, ser competitivo em todos os jogos, ganhar quatro jogos em sete num campeonato do mundo, perder com equipas como Canadá, França e Espanha. Portanto só temos que ficar muito satisfeitos", afirmou.
Agostinho Pinto agradeceu ainda a toda a gente que formou a comitiva portuguesa em Brno, que se tornou "uma família", deixando também elogios à presença do presidente da federação, Manuel Fernandes, pela "emoção verdadeira que ele transmitiu" em todos os momentos.
"Éramos uma família e isso ajudou-nos sempre a jogar de cabeça erguida, a unir-nos sempre e saber o que queríamos, portanto acho que é um momento histórico, um momento para o desporto feminino extraordinário e temos de desfrutar deste momento", concluiu.